Compositor: Tierra Santa
A vóz de um navio vem
Da pra ver como vira e se previne
A toda velocidade escapar
Que eu sou o rei do mar
E minha furia tens de temer
Nas presas eu divido
O roubado por igual
Só quero por riqueza
A Beleza sem rival
Sentenciado estou a morte
Eu rio, não me abandonei a sorte
E ao mesmo que me condera
Pendurarei em algum mastro
Quem sabe em seu próprio navio
E se caio, Oque é a vida?
Por perdida ja a dei
Quando o jugo do escravo
Com valentia abalei
É minha musica preferida
Vendavais o estrépido e temblor
Dos cabos sacudidos
Do negro mar os rugidos
E o rugir dos meus canhões
E do troar ao som violento
E do vento a ressoar
Eu durmo sossegado
Embalado pelo mar
Que é meu barco, meu tesouro
Que é meu deus, minha liberdade
Minha lei, a força e o vento
Minha unica patria o mar
[José de Espronceda (1808-1842)